segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Setembro.



Setembro chegou, com suas flores, cores e sorrisos.
Setembros sempre me trazem uma loucura tão boa e um certo saudosismo que eu não posso evitar. Setembro sempre passa na minha vida feito um furacão. Muda tudo de lugar. Remexe armários vazios, inverte prioridades, revive o passado. Revira o coração. Em setembro sou capaz de transformar uma terça-feira cinza numa história de cinema.

Me sinto um caso perdido. Desses que repetem as mesmas besteiras mil vezes só pelo exercício de viver uma história bonita. E o pior (ou melhor, nunca vou saber) é que eu gosto de ser um caso perdido. Sempre digo (e repito!) que me importo muito com as histórias que eu vou contar no futuro. Acho que a minha liberdade é o meu bem mais precioso e nada nem ninguém será capaz de tirar isso de mim.

Liberdade de ser, de viver.

Setembro me dá essa liberdade toda e faz eu me sentir inteira. No auge. No ápice. Me sinto quase como uma super heroína. Uma Mulher-Maravilha. Me sinto forte, livre, transgressora. Perco qualquer gosto pelas convenções sociais chatas. É como se setembro trouxesse uma brisa diferente que me inebria e guia os meus passos. É como se eu obedecesse as minhas vontades mais ocultas sem me importar com as consequências, quaisquer que sejam.

Liberdade de ser, de viver.

É como eu já disse: "Ando muito poeta, muito dona de mim. Ando com olhos de ressaca. Um gosto de sol, suor e samba me escorrendo pela boca. Ando à flor da pele e com aquele sorriso de quem não sente culpa.

(Talvez plenitude seja isso.)"

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Talvez nenhum outro Setembro se descreva como esse. Mas re-escrevo esse novo Setembro com velhos e novos sentimentos, uma coisa misturada, que no meu coração, faz todo sentido.

2 comentários:

Anônimo disse...

lindooo!!! fe!

Jaya Magalhães disse...

Acho que nunca mais tinha lido um texto seu, assim, de ler num fôlego, sabe como? Eu sentia falta porque é assim que te imagino. E talvez por assim te imaginar, seja assim que gosto de te "ver" aqui. E aí você veio.

Eu queria ter alguma história bonita sobre os setembros, mas ainda não soube fazer. Se um dia souber, venho contar.

Foi lindo, Lud. Você, plena, é lindo.

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Você sabe o quanto compartilho sua revolta com os plágios. Mais ainda quando as pessoas resolvem pirraçar. Ai, que agonia de gente assim, cara! Vamos sempre gritar, talvez não resolva tudo, mas resolve parte. E isso que importa.

Um beijo.