domingo, 21 de agosto de 2011

Sobre a eminência da perda.




Sinto que o fim está cada vez mais próximo. Vejo a distância aumentando a cada dia e o medo se apoderando de mim. Não, não quero perder. Te perder.

Sinto saudades.
Tenho ciúmes.

Uma lágrima que teima em cair cada vez que meus sentimentos, pensamentos e ações me traem. Uma vontade louca de largar tudo e dizer tudo o que continua entalado aqui. Adormecido. Sedado. Tenho todas as palavras que lhe cabem mas que teimo em não dizer. Tenho todos os tapas, todas as mordidas e todas as entregas que lhe cabem mas que teimo em não lhe dar.

E se eu te der a minha mão?

Vejo o que passou, o que foi e o que continua queimando numa micro chama aqui dentro, como se verdadeiramente nunca houvesse um fim.
Sinto que estaremos ligados por mais mil vidas.

Em quantas vidas mais nos encontraremos?



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Dói.




Love hurts.

Que eu me envolvo demais. Que as coisas se atropelam e eu fico no meio de tudo com aquela velha cara de interrogação. Ama, dói, sorri, grita e chora, tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Essa necessidade de ter o coração sempre cheio, sempre pesado. Sempre faltando um pedaço.

Almas que se encontram e se perdem desde outras vidas. Nós que atam e desatam. Nós que atamos e desatamos. A cada re-encontro, uma marca: o fogo, a ferida, o amor. As linhas rotas das costuras que tanto prenderam nossos corações e agora esgarçam o tecido. Muscularestriadocardíaco. O meu coração, cola no teu pra ver se cola? Cola pra ver se as marcas se juntam de vez e as fibras não se soltam de vez. Cola pra eu ainda acreditar que todo mimimi é lindo e que todo mundo ama assim que nem eu, escancarado, inteiro, excesso.

A gente quer amar e esquece dos efeitos colaterais. A gente esquece que o amor não tem roteiros nem regras.

O amor dói.