quarta-feira, 29 de abril de 2009

Minimal

"Even if you hands are shaking
And your faith is broken
Even as the eyes are closing
Do it the heart wide open
Say what you need to say."
John Mayer

Tem dias que a gente acorda de mal com a vida. Com TPM, cara ruim, problemas a serem resolvidos, perguntas a serem respondidas. Você se maquia (porque outro dia te disseram que você com seu sorriso e suas bochechas rosadas de blush é a pessoa mais simpática do mundo), mas continua de ovo-virado. Hoje não dá pra tirar simpatia de dentro da necessàire, nem do mp3, nem do fundo da alma, nem de lugar nenhum. Você manda sua amiga largar o desânimo, mas não se deu conta de que hoje o desânimo tá grudado em você. Por mais que você seja de bem com a vida, tem dias que não dá pra fingir que nada está acontecendo.
Hoje não há coração, não há poesia, não há música, não há nada que me tire dessa tristeza. Tenho buscado a força e a coragem que tão escondidas no cantinho da alma. Acalmar o coração e pensar em coisas boas. Mas a vida, ultimamente, resolveu mostrar que nem tudo se resolve com pensamento positivo, que há certas coisas se tem de viver para aprender.


ViVendo

Palavras desconexas
Coração inquieto
O mundo engoliu minha vontade
Engoliu minhas forças
Mas o mundo me mostrou que a vida é mais
Mais bela
Mas triste
Mais  coragem
Mas injusta
Mais feliz
Mas crua
Mais livre
Mas assusta

A vida ensina
A vida dói
Mas a dor
passa.

(E escrever, ajuda.)



domingo, 26 de abril de 2009

Das minhas montanhas

Retratos de uma vida tranqüila
De uma praça da minha Liberdade
De um Belo Horizonte mais belo que nunca
De Niemeyer, JK, de mim
Do vasto mundo na palma da minha mão
Da música urbana
Do céu, do clima, charme interiorano
E da minha felicidade sem saber porquê




(Queridos amigos, nem sei o que seria de Belo Horizonte sem vocês!
Não há lugar como o nosso lar.)

terça-feira, 14 de abril de 2009

E você?

Eu estou aqui. Você aí. Me inspirando todos os dias, nuns a falar de amor, noutros de decepção, noutros ainda de esperança. Inquietando meu coração, que nunca foi de calmarias. Eu, que só sei sentir, tudo, com toda intensidade. Eu, que te espero paciente (embora cansada). Agora te pergunto: e você? O que quer de mim? O mesmo que eu quero de você? Ah, não quer dizer? Então, por favor, não fale comigo com toda essa candura. Não me olhe com esses olhos lindos que me desvendam por dentro. Não me sinta. Ou melhor, me sinta, mas não conta pra mim não ta? Não agora. Espera eu te esquecer (ou me conformar). Não me mostre sua sensibilidade, não me mostre sua poesia, não me mostre seu coração. Não agora. Quando você se mostra, eu me dou. Sem rodeios. E eu não quero. Pelo menos enquanto você não souber o que quer de mim. E, se por um acaso, você quiser o mesmo que eu, me tenha. Me desvende, me ame, me prove, me tome. E eu, me dou. Por inteiro.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Drama do grande amor

"Já é hora de assumir

Os sentimentos mais sinceros

Despir regras e vergonhas

Monotonias, jamais!"

Jota Quest

Tenho observado os dramas de mulheres que sonham em viver um grande amor. E eu confesso com todas as letras: Eu também nunca vivi um grande amor. E o pior (e tenho certeza que muitas de vocês vão concordar comigo, meninas), é quando a gente ama e não diz que ama. Ama, ama loucamente e não sabe se o outro te ama também. E isso dói viu, dói como arrancassem esse coraçãozinho indefeso da gente.

E aí a gente sofre mais, porque não diz o que sente, morre de medo de levar um tremendo pé na bunda, ou de sofrer tudo que a gente já sofreu um dia. E vive se auto-flagelando, visitando orkuts, blogs, twitters e afins procurando pistas. Procurando respostas (como quando a gente digita palavras-chave no Google e tem a certeza de que isso vai ser a solução dos seus problemas). Que leviandade!

Uma coisa eu aprendi: “sentimento é um trem muito doido”. E nós somos provas vivas disso. Nesses nossos dramas de amor mal-resolvido oscilamos entre ódio e amor tão rápido quanto uma montanha-russa. Montanha mesmo, de sentimentos, xingamentos, desejos, hormônios. Mas nos falta coragem. Coragem de assumir o que se sente, coragem de abrir o coração, coragem pra esquecer regras, medos, vergonhas inúteis. E aí a gente fica sonhando eternamente, imaginando o ‘como seria a nossa história’, imaginando como seria a vida com ele, como seriam os filhos, como seria a família, como seriam as viagens... Mas a vida não tem tempo pra conjugar todos os verbos em futuro do pretérito e a gente imaginar o que podia ser, mas não foi. O que podia acontecer, mas não aconteceu.

Então, meninas, coragem. Para enfrentar nossos receios mais íntimos, o nosso medo da rejeição e conjugar a vida e o amor no presente (perfeito, de preferência). 

PS: Esse texto é dedicado pra Lu, que como eu ainda não despiu suas regras e vergonhas. 

terça-feira, 7 de abril de 2009

Hoje eu escrevo tudo o que explode. Pra mim as palavras guardam poesias, sonhos, desejos, canções, medos, saudades, que só quem é coração entende. Ser coração é delícia e desafio, é ambigüidade, é emoção à flor da pele, é o sentir em sua plenitude. Eu sou assim, sou de sentimento, de toque, de sorriso, de choro, de olhar, de ouvir. Eu sou de amor transcendental, de gosto pela vida, de poesias simples e de palavras que gritam em silêncio. Sim, eu sou paradoxo. E quero o mundo pra mim. Eu quero amores amigos, loucuras de fim de noite (e início da manhã), um pôr-do-sol-nascer-dalua-nascer-do-sol só pra mim, pra fechar com chave de ouro o melhor ou o pior dos dias. Eu quero canções de declaração de amor pra todos os meus amores, e cantá-las até que elas façam parte de nós. Eu sou daquelas que gosta de Praça da Liberdade- sombra-violão e Cristo Redentor na minha esquina-bossa nova-Ipanema, especialmente se for nas melhoras companhias (e vocês sabem que são). È isso que me entorpece a alma, que me faz ter força de permanecer tão longe e tão perto. É isso que me faz ser coração. Mais: é isso que me faz ser toda amor.

Enjoy it!

Venho ruminando faz tempo a possibilidade de blogar e mostrar as coisinhas que escrevo. Como diria Chico Buarque: "o eco de antigas palavras, fragmentos de cartas, poemas, mentiras, verdades...". Coisas que eu sinto e não sei de onde vêm, coisas que eu não sei explicar. As minhas loucuras de todos os dias. Gritar as minhas palavras de ordem. Mostrar o meu coração.

Então é isso. Tomei coragem e estou aqui. Pra quem disse que tava mais do que na hora de eu escrever, tá aqui! Pras minhas amigas que disseram pra eu arrumar uma coisa pra fazer da vida, tá aqui também! (rsrs)

Enjoy!