segunda-feira, 28 de março de 2011

Por enquanto.

Não, meu bem
Eu não caibo no bolso do seu jeans
nem naquele all star detonado.
Eu preciso me espalhar muito mais do que isso.

Eu preciso morar nas palavras, nos gestos, nos toques. Nos sussurros. Não tenho a pretensão de ser sua. Se for pra ser de alguém, serei minha. Só minha e não de quem quiser (citando Cássia Eller, por Renato Russo). Acho uma falta de humanidade esse egoísmo de querermos que os outros sejam nossos, mesmo que o ser-humano tenha uma natureza possessiva. Se você acha que eu sou sua posse, faça o favor de apresentar contrato, escritura e demais documentos que comprovem essa condição. Caso contrário, faça o favor de não se importar se eu me espalhar por aí. Todos temos esse direito. Eu não caibo em lugares apertados. Eu não consigo viver sem me sentir livre. Tenho em mim certos excessos que não conseguem se atrofiar. Uma necessidade louca de me deixar engolir infinitas vezes pelos sentimentos mais incríveis. Sou superlativa e o pouco nunca me basta.

Assim, te conto que, mais do que tudo, eu prezo pela minha liberdade. Mais do que tudo, eu prezo pelo amor-próprio, pelo respeito mútuo e pela verdade. Não espere de mim o que eu não posso dar em troca. Não espere escândalos, dramas e surtos psicóticos. (Ok, só de vez em quando). Não espere que eu morra de amor se eu estiver apenas exercitando minha alma desnuda.

Espere um sorriso bobo, uma palavra descompromissada, um olhar puro que beira a indecência. Espere que eu faça charme se você me fizer um convite, um beijo na nuca e uma promessa de uma noite.

Por enquanto, é o que eu posso oferecer.

2 comentários:

Kati Froes disse...

Concordo demais. O primeiro amor é o próprio, depois vem o resto.
bjus...

Paula Figueiredo disse...

Ai que lindo! Amei! To exatamente assim! :)
Obrigada pela presença gata! Bjos!