sexta-feira, 15 de julho de 2011

O que foi feito.

"Still I'm glad for what we had
And how I once loved you."
Carole King, "It's too late".


Quem me conhece sabe que a minha vida daria um bom roteiro de cinema. Um drama de primeira. E agora não poderia ser diferente. Acabo de ler (e ver!) a última crônica da Fernanda Mello (preciso dizer de novo que ela sempre sabe?): "Encontros e desencontros (até quando você vai dar desculpas para os seus medos?)". Nos últimos 5 minutos descobri tantas coisas sobre mim mesma que você nem imagina.

Descobri que eu estou na merda. Que você me fodeu de todas as formas que uma pessoa pode foder outra pessoa. E olha, não são poucas. Descobri que esse amor não tem me feito muito bem. É uma história bonita, confesso, mas bonita pra quem está de fora. Só pra quem vê daquela tela grande do cinema. Porque pra quem vive, ah, não é tão bonito assim.

Esses dias ouvi de uma grande amiga que o meu problema é que busco segurança demais. Bem, considerando tudo que eu já vivi isso é bem compreensível. Mas olha, ela errou um pouco dessa vez. Porque não tem coisa que me deixa mais insegura do que você. Essa sua forma de me dar todas as esperanças do mundo sem me prometer absolutamente nada. Sei muito bem da minha culpa de criar as velhas e inconvenientes expectativas. Sei muito bem da minha culpa de achar que tinha a tal flexibilidade moral pra viver uma aventura com você. Mas posso dizer? Você tem um jeito estranho de me fazer bem e mal ao mesmo tempo. Tudo o que eu não preciso agora. Cheguei naquele momento em que não estou mais disposta a jogar. Ando meio cansada de ter jogo de cintura e adivinhar o seu próximo passo. Meu momento agora exige tranquilidade, segurança.

É, minha amiga não está tão errada assim. Preciso colocar os pés no chão e tentar recomeçar. Preciso dessa fuga antes que tudo de bonito que existe (ou existiu, sei lá, nunca vou saber) deixe de ser. Preciso não querer nem precisar de um bom dia seu que não é pra mim. É gente, ocorreu o que eu temia: acho que amei além da conta. Amei mais que o necessário, mais do que eu podia aguentar. Amei mais do que eu queria amar e agora estou pagando a conta. Olha, Brasil, eu estou sofrendo. Gravem esse momento de desabafo que raramente ocorre. Estou fugindo do amor "com medo de perder minha liberdade". Mais do que isso, tenho medo principalmente de desconstruir as coisas bonitas que eu guardei de você ao longo do tempo.

Assim, me despeço temporariamente. Pra ser bastante sincera nem eu acredito nessa despedida, mas preciso de tempo pra recomeçar. Preciso me reconstruir pra depois, quem sabe, retomar o que houve e ainda haverá.

Retomar esse nosso velho e estranho amor.

(Depois de tudo, eu ainda te amaria?)

3 comentários:

Anônimo disse...

Amigaaaaaa! AMEI!!!!!!! Vc é fodaaaaa!!! SAUDADES Sis

Renato Ziggy disse...

tuas palavras me passaram a sensação de atos de coragem, sentimento nada fácil de encontrar em situações delicadas como esta... beijo!

Renato Ziggy disse...

oi, Ludmila! brigadão pela visita... o Pesar de Alma está parado, decidi criar um novo blog, o Sereiágua, que é um recém nascido. hehehehe! sinta-se à vontade pra ir lá quando quiser... beijos!